Pitiose

01/10/2024

A pitiose em equinos, também conhecida como “doença do pitiose”, é uma zoonose micótica granulomatosa crônica causada pelo fungo Pythium insidiosum. Afeta principalmente membros inferiores, mas também pode acometer outras regiões do corpo, como barriga, úbere, cabeça e região perianal.

Agente Causador: O Pythium insidiosum é um fungo filamentoso aquático que habita solos úmidos e lamacentos. Ele penetra na pele do animal através de feridas, cortes ou abrasões, proliferando em um ambiente quente e úmido.

Fatores de Risco: Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento de pitiose em equinos, incluindo: Pastagem em áreas úmidas ou alagadas: O contato com o fungo no solo é o principal fator de risco. Traumas: Feridas, cortes ou abrasões na pele facilitam a entrada do fungo. Imunossupressão: Animais com sistema imunológico debilitado são mais suscetíveis à infecção. Raça: Algumas raças, como Pôneis Shetland e Appaloosa, podem ter maior predisposição à pitiose.

Sintomas: Os sintomas da pitiose em equinos variam de acordo com a localização e a gravidade da infecção. Os sinais mais comuns incluem: Nódulos: Formação de nódulos firmes, dolorosos e quentes na pele, geralmente com secreção purulenta. Ulcerações: As lesões podem se ulcerar, formando feridas profundas e dolorosas. Claudicação: Dificuldade de locomoção, principalmente nos membros afetados. Perda de peso e apetite: Em casos mais graves, o animal pode apresentar perda de peso e diminuição do apetite. Depressão e letargia: O animal pode demonstrar sinais de apatia e desânimo.

Diagnóstico: O diagnóstico da pitiose em equinos se baseia em uma avaliação clínica completa, incluindo histórico do animal, exame físico minucioso e exames complementares, como: Cultura fúngica: Coleta de material da lesão para cultivo em laboratório e identificação do fungo. Exame histopatológico: Análise de uma amostra da lesão ao microscópio para identificar a presença do fungo e as alterações teciduais. Radiografia: Imagens radiográficas podem auxiliar na avaliação da extensão da lesão e da presença de possíveis complicações ósseas.

Tratamento: O tratamento da pitiose em equinos é complexo e prolongado, exigindo abordagem multifacetada, incluindo: Antifúngicos: Administração de medicamentos antifúngicos sistêmicos e tópicos para combater o fungo. Curativos: Limpeza e curativos das lesões são importantes para promover a cicatrização e prevenir infecções secundárias. Cirurgia: Em alguns casos, pode ser necessária a remoção cirúrgica de tecidos necrosados ou de grandes nódulos. Manejo: Manter o animal em ambiente seco e limpo para evitar a proliferação do fungo.

Prognóstico: O prognóstico da pitiose em equinos varia de acordo com a gravidade da infecção e a resposta ao tratamento. Casos leves podem responder bem ao tratamento, enquanto casos graves podem ser de difícil cura e podem levar à invalidez permanente do animal.

Prevenção: A prevenção da pitiose em equinos se baseia em algumas medidas importantes, como: Evitar pastagem em áreas úmidas ou alagadas: Opte por pastagens secas e bem drenadas. Tratar feridas e cortes prontamente: Limpe e trate adequadamente qualquer ferida, corte ou abrasão na pele do animal. Manter o ambiente seco e limpo: Evite o acúmulo de água e lama no estábulo e nos piquetes. Exames periódicos: Leve seu cavalo ao médico veterinário para exames periódicos para identificar precocemente possíveis sinais de pitiose